Nostalgia parte I

Pois, este bicho tinha que me atacar...
Este fim de semana fomos ao hospital fazer uma análise à urina do Pedro.
Enquanto esperávamos que ele fizesse a dita, fomos dar uma voltinha e então fomos ao serviço de neonatologia onde estiveram internados quando nasceram.

Ao entrar por aquela porta fui invadida por uma onda de sentimentos! Felicidade, medo, esperança, etc...

Foi ali, que 11 horas depois de terem nascido eu vi os meus bebés de ouro pela primeira vez. Foi naquela sala que ouvi o Pedro a chorar e assim que lhe toquei ele parou e abriu o olhito. Lembrei-me da primeira vez que o peguei no meu colo, 3 dias depois de ter nascido.

Ver os meus bebés tão pequeninos, tão indefesos... Contrariamente ao que eu esperava, não me fez confusão nenhuma ver os "tubos, sondas, catéteres a afins". Por uma razão, o meu corpo tinha feito tudo bem, e se o destino quis que eles nascessem naquele dia, agora não me poderia pregar nenhuma partida. Eu tinha que pensar assim, além disso eu não saberia cuidar deles estando naquelas condições, por isso era melhor assim.

Só me custou ver o sofrimento da Maria. Ela fez intolerância alimentar. Passadas três horas de ter ingerido o leite (na altura artificial, porque eu ainda não tinha) através da sonda, ele continuava lá. Ela não o digeria. Tive medo, muito medo que o soro não fosse suficiente. Tiveram que lhe retirar o cordão umbilical todo para colocar um catéter a alimentá-la através do umbigo, como se fosse o cordão... e isso foi o que me custou mais a ver. Só peguei nela passado talvez 5 dias de ter nascido.

Foi duro, lembro-me de a colocar (tão pequenina que era) dentro do meu top, aconchegada ao meu peito. Ela tinha fome, sentia-a e isso era algo que me consumia. Ela procurava a mama, eu já tinha leite nessa altura, e bastante. Mas não lhe podia dar porque ela estava a ser medicada e não podia ingerir nada durante mais dois dias... Mais dois dias de lágrimas e medo...

Com o Pedro a evolução foi mais normal. Ele fez intolerância quando nasceu durante umas horas, mas depois passou-lhe.

Houve um dia que o L. disse á (agora) pediatra deles; Dra, vamos colocar a Maria na mama! Ela concordou e o que é certo é que ela começou a tolerar tudo!!! E mamava com mais força do que o mano (pudera!!!).

(continua)