Sim, os meus meninos já nasceram!
Só agora consegui ter tempo de vir aqui. Tudo começou no Domingo dia 17 quando numa das muitas idas ao w.c. apercebi-me que estava a perder algo parecido com o rolhão mucoso, mas tipo clara de ovo... Pensei... ops será???
Deitei-me, estava sozinha em casa, estava tranquila, sabia que o momento estava a chegar...
Nesse dia apareceram cá os primos D. M. A. e R. e eu insisti para que jantassem connosco, e assim foi. Comemos frango assado, a ultima refeição dos meus meninos na barriguitas da Mãe.
Nessa noite, era 1h da madrugada quando fui ao w.c. e o rolhão estava a sair na mesma mas um pouco mais ensanguentado. Voltei para a cama e acordei o L. disse-lhe que estava na hora e, assim entre as calmas e meio aparvalhados que estávamos, seguimos para o Hospital. Assim que chegamos rebentaram-me as águas e eu até pensei: “bom tem que ser cesariana mas já estou a saber o que é o inicio do trabalho de parto”.
Fizeram-me o toque, e eu amarinhei pela maca até onde podia, “fónix”, aquilo podia ter sido escusado!
Claro que fiquei internada. Entretanto chamaram a minha médica, que chegou passado umas duas horitas talvez, e a enfermeira (muito simpática por sinal) disse-me que achava que eu ia "parir" daí a pouco tempo, porque conseguia ver pela cara das pessoas. Não se enganou...
Eu, já deitada na cama e a fazer a dilatação, sem epidural nem nada, estava completamente desesperada. Chamei a Dra, disse-lhe que não aguentava mais, para me aliviar o sofrimento porque se eu ia fazer cesariana não adiantava nada estar a sofrer assim e que tinha medo que o menino nascesse de parto normal porque nós sabíamos que a menina estava transversa e que não ia conseguir nascer de parto normal e nesse caso eu ia sofrer um parto normal seguido de cesariana. Ela tranquilizou-me, disse-me que isso não ia acontecer e que o problema era que a única anestesista que estava presente naquele momento não dava epidural, mas só anestesia geral, o que no meu caso não podia ser porque sendo este um parto mais demorado do que os partos só de um bebé corríamos o risco de o segundo gémeo nascer afectado pela anestesia, mas que ela já o tinha chamado e que ele estava quase a chegar. Deu-me uma máscara de oxigénio para “aliviar as dores” mas qual quê, e aí eu comecei a ficar descontrolada e gritei e desesperei…
Finalmente o anestesista chegou e levaram-me para o bloco. Depois da epidural seguiu-se o momento mais importante e bonito da minha vida: eram 7:48 e nasceu o Pedro, a chorar com 2.340kg e 44 cm, e às 7:49 nasceu a Maria enrolada e com os pés à volta da cabeça com 2.050kg e 43,5cm. Não os vi logo, mas quando os ouvi chorar, aí eu chorei tudo o que não me permiti chorar durante a gravidez, toda a felicidade contida estava ali, naquele momento e apesar de não os ver eu sabia que estavam bem, quanto a isso tranquilizaram-me logo!
Depois de uns dias de internamento na Neonatologia do hospital, algum sofrimento da parte da Maria, coitadinha, que esteve dois dias só a soro sem poder comer, e do mano ter tido uma boa recuperação, estamos finalmente em casa todos juntos e muito felizes!
Não há palavras para poder explicar o que sentimos nestes dias que passaram, não há palavras para descrever o sentimento de uma Mãe. Nem consigo explicar toda a magia que senti no momento em que os olhei e toquei pela primeira vez, e esse sentimento vai crescendo a cada segundo que passa. Finalmente a fase do medo da gravidez passou e agora começa uma nova fase. Naquele dia, a menina deu lugar à mulher… agora não tenho olhos para mais nada senão para os meus “babes”. São lindos, não são??? Estas serão talvez as primeiras e ultimas fotos deles que constam neste blog, todos sabemos porquê.
Agora, quero agradecer a todas as amigas “bloguistas” pelas vossas palavras de conforto e às vossas experiências de como lidar com certas situações, que muita força me deram não só a mim mas como também ao L ao longo desta etapa um pouco atribulada mas com final Feliz. Agora, novos desafios surgem. Fiquei estupefacta por a CC me ter descoberto, acho que já sei como foi mas não tenho certeza.
Para todas muitas felicidades e que todos os vossos sonhos se concretizem, basta acreditar, e normalmente há sempre uma “estrelinha” que nos indica o melhor caminho a seguir. Um Bem-Haja a todas!
Em nome do L. também quero agradecer por tudo. Ah! e já agora devo dizer que ele foi espectacular, esteve ao meu lado o tempo quase todo, só não pode assistir à cesariana, mas viu os nossos bebés de ouro primeiro que eu. E ajuda-me a tratar deles como ninguém, tem realmente muito jeito, esse jeito nasceu no mesmo momento que os babes! E o nosso Amor também cresceu e amadureceu muito…
E ainda nem passaram 15 dias.